Desde quinta-feira que me sinto meia desligada de tudo.
O patrão dá folga no dia de aniversário, este ano calhava a uma quinta-feira. Quando tive de marcar as férias (início do ano), não pensei duas vezes e marquei logo a sexta-feira, ficando assim com 4 dias de férias. Na altura ainda namorava com o J e fiz logo planos para os dois (mal sabia eu que não chegávamos a Setembro). Eu faço anos a 13, ele a 12 era uma oportunidade excelente para tirarmos uns dias para namorar. Mas pronto, saiu o tiro pela culatra, como se costuma dizer. Na quarta-feira estive para lhe desejar os parabéns mas resisti. A verdade é que me custou, queria-lhe ter dado os parabéns e tê-lo chamado de meu amor, mas a vida é assim.
Seguindo, quinta-feira (aniversário), comecei com o passeio com o belo do cão, seguiram-se umas comprinhas por Sta. Catarina com a mãe, pelo meio recebia umas mensagens de parabéns, depilação para colocar o belo do vestido na sexta (dia que marquei para comemorar). Se noite fui tomar café com J.F até ao pé da praia. Confissão, cada mensagem que entrava pensava se seria aquela que eu queria receber, mas não, nunca a recebi. Eu sou parva, eu sei, digo sempre que não quero saber mais dele mas no fundo é mentira. E lá se passou a quinta.
Na sexta-feira andei com os pensamentos na festa, no bolo e lá esqueci. Chegou a noite e lá fomos para o belo do bar na ribeira do Porto comemorar o meu aniversário. Poucas pessoas mas as ideais (desistências de última hora também houveram, para não variar). A conversa ia fluindo e pelo meio da conversa, lá se falou do J. Armada em forte, fui dizendo as coisas que toda a gente gosta de ouvir: não penso mais nele, bola para a frente, ele não merece, quero lá saber... bla, bla, bla. MERDAS é o que é. O raio do gajo entrou e não sai! Mas pronto lá se mudou de assunto (crise) gargalhada aqui, conversa ali, cigarro acolá, e lá passou a noite.
Chegámos a sábado e contava ir à manifestação, mas a minha mãe não me conseguiu acompanhar, não fui. Eu sei, erro gravíssimo, fiquei com pena de não ir, acreditem. De noite fui até ao café da aldeia. Conversa passou por homens, unhas e mais homens, e lá comecei a sentir-me diminuída. Eu não tenho muita auto-estima, acho-me feia e gorda, por muito que digam que sou bonita, nunca consigo ver-me como tal. Nunca fui rapariga para ter rapazes atrás, prendas no dia dos namorados, declarações de amor, nada disso. Enfim, não sou rapariga para atrair atenção dos homens (vê-se, pelo resultado da relação com o J), e lá comecei a pensar nisso e fiquei um bocadinho triste e com os pensamentos de merda na cabeça.
Chegámos a domingo, e mais uma vez sonhei com o J, acho que foi a segunda vez que sonhei com o J esta semana, esqueci que tinha sonhado com ele e fui para a cozinha ajudar a minha mãe. De tarde
reforcei a minha opinião sobre os jogos de computador e playstations, são uma seca. Não compreendo como os miúdos conseguem ficar horas frente a um pc ou a uma playstations. Enquanto esperava pela J.F e pela I.F, estive a jogar com a minha prima de 11 anos playstation. Que seca que apanhei, não sabia jogar, não atinava com aquilo e já me estava a dar sono, só queria que me tirassem daquele filme. Mal elas chegaram, pedi logo para a I.F jogar com a minha prima (são praticamente da mesma idade) e ela lá foi, Que alivio...
Lanche, conversa, jantar e lá se passou o domingo e os quatro dias de férias.
Sabes uma coisa? Contigo aconteceu o que aconteceu também comigo. O problema não é a relação acabar. O problema é que antes disso, a pessoa já não nos dá valor, já se anda a cagar para tudo... E isso deixa o ego na lama. Depois recuperar é um longo caminho. Vais conseguir. Todos conseguimos. E não precisas de muitos homens atrás. Precisas apenas de conhecer o homem certo para ti. :)
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